sábado, 1 de março de 2025

Texto de Mim 2/10/2024

                                                    

 

Hoje o texto não quiz ser escrito, não porque ele não tinha vontade, mas, simplesmente porque a mão não se dispôs. A mente não estava aberta, muito menos o coração se abria aos pensamentos. Não havia ligação entre a pena e o pensar, sim, sim, o coração batia, as vezes soluçava. Não sei se era dor ou era angustia de não pensar. Mas não pensava, somente vagava. Vagava por ondas de tédio, com marés de desânimo, parecia uma vazio, me lembrava o buraco negro do espaço, sugador arrasador e destruidor. No espaço vazio da vontade, todo corpo de ideias era sugada para longe do pensar. Um estranho corpo de massa zero que afugenta, ou melhor atrai pra longe a vontade, o desejo o empreendedorismo.

        Então o texto que fugiu pra longe, por não querer falar, deixou pra trás a leve lembrança de que antes foi profícua, ilustríssima, uma verdadeira catedrática do compor. Foi sincera, realista e muito honesta no pensar. Foi desejoso de ilustrar em palavras de constuir em ideias e até mesmo de elevar almas ao bom senso do viver. Mas mesmo assim, com todo bacharelado do compor texto, se expôs à negligência do calar. Nada disse ou quiz dizer, nada inspirou, nada quiz saber. Mas na ciência do compor, pode ser o escrever, o texto se eclausurou e não quis se expor. E foi assim que num dia quente, tarde fria e mesmo na noite morna o texto se calou.

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