Hoje o texto não quiz ser escrito, não porque ele não
tinha vontade, mas, simplesmente porque a mão não se dispôs. A mente não estava
aberta, muito menos o coração se abria aos pensamentos. Não havia ligação entre
a pena e o pensar, sim, sim, o coração batia, as vezes soluçava. Não sei se era
dor ou era angustia de não pensar. Mas não pensava, somente vagava. Vagava por
ondas de tédio, com marés de desânimo, parecia uma vazio, me lembrava o buraco
negro do espaço, sugador arrasador e destruidor. No espaço vazio da vontade,
todo corpo de ideias era sugada para longe do pensar. Um estranho corpo de massa
zero que afugenta, ou melhor atrai pra longe a vontade, o desejo o
empreendedorismo.
Então o texto que fugiu pra
longe, por não querer falar, deixou pra trás a leve lembrança de que antes foi
profícua, ilustríssima, uma verdadeira catedrática do compor. Foi sincera,
realista e muito honesta no pensar. Foi desejoso de ilustrar em palavras de
constuir em ideias e até mesmo de elevar almas ao bom senso do viver. Mas mesmo
assim, com todo bacharelado do compor texto, se expôs à negligência do calar.
Nada disse ou quiz dizer, nada inspirou, nada quiz saber. Mas na ciência do
compor, pode ser o escrever, o texto se eclausurou e não quis se expor. E foi
assim que num dia quente, tarde fria e mesmo na noite morna o texto se calou.
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