Tu me perguntaste como estava
Ao que respondi quase bom.
Logo me disseste, tudo ficará bem!
És tu um profeta?
Ou acaso um sábio?
Saem de ti palavras firmes.
Como podem escoar tal afirmação de teus lábios?
Porventura foste tu que calou a terra?
Disseste certo aos que erravam?
Tens tu força para consolar ou mesmo aconselhar?
Muitos são os que vagueiam por trilhas sinuosas
Caminhos difíceis repletos de dores
Eles buscam respostas certeiras.
Tantos são os que perdidos estão
Que olham pra baixo, miram só o chão,
Parecem sem esperanças, sem amanhã.
Tens tú poder para os guiar, aconselhar?
Abrir-lhes os olhos e fazê-los sorrir?
Como podes tú sereno e contemplativo
Ver os céus desabarem e quieto observar o mar em revolta?
Fala algo homem quieto!
Declara tuas palavras e leva aos mais inseguros
Um âncora de piedade.
Fala e não te cales!